Blog sobre Arqueologia no vale do rio Itapocu. Criado com a finalidade de estudar e preservar o material arqueológico existente na região que abrange todo o vale do rio Itapocu, incluíndo a catalogação e conservação de acervos particulares e sítios arqueológicos ainda existentes (cerâmico, lítico, abrigo sob rocha, etc...). Todas as peças fotografadas neste blog (não foram usados escalas), são em sua maioria oríundas de descobertas aleatórias e fortuitas de seus detentores. Com este trabalho, se pretende criar em breve um Museu de Arqueologia do Vale do Itapocu pra preservar a história dos primeiros habitantes da nossa região (Homem do Sambaqui, Itararés e Guaranis). A comercialização de qualquer material arqueológico no Brasil caracteriza crime previsto em lei. Esta pesquisa será incluída no documentário e livro: Redescobrindo o Itapocu.

Observações: O idealizador deste blog e sua pesquisa sobre arqueologia não tem vínculos com órgãos públicos reguladores e fiscalizadores (FUNAI, IPHAN), instituições acadêmicas e também não participa de qualquer grupo ativista e político indigenista!

Legislação sobre arqueologia no Brasil clique aqui.

Visite tambem o blog:
Caminho do Peabiru - Ramal Santa Catarina

Proposta da criação de um Museu de Arqueologia do vale do Itapocu no colegiado de cultura da AMVALI.

Proposta da criação de um Museu de Arqueologia do vale do Itapocu no novo colegiado de cultura da AMVALI (Associação dos Municípios do Vale do Itapocu) no último dia 04 de abril de 2017. Link de acesso a matéria na imagem da foto.

Programa Cidade em Ação (06/07/2016) - TV Cidade de Joinville / SC.

Redescobrindo o Itapocu - Documentário Completo

terça-feira, 25 de junho de 2019

Museu Irmão Luiz Godofredo Gartner (Seminário Sagrado Coração de Jesus) em Corupá - SC.


Datação das peças: Desconhecida

Tradições: Homem do Sambaqui, Itararé e Guarani

O museu irmão Luiz Godofredo Gartner (anexo ao Seminário Sagrado Coração de Jesus), fica na rua Padre Gabriel Lux, número 900, bairro Seminário, Corupá. É considerado um dos museus mais antigos do estado de Santa Catarina em atividade. O acervo do museu é acessível ao público (mediante taxa de visitação) aos domingos e feriados e também por agendamento de grupos em dias úteis, tem como exposição principal o acervo de taxidermia (chamado antigamente de museu zoológico), além de objetos e fotos antigas que contam um pouco da história do Seminário Sagrado Coração de Jesus desde o ano da sua fundação no início de 1932. O que pouca gente sabe é que o museu também possui na sua reserva técnica (não acessível ao público), um acervo de peças arqueológicas e também artesanato indígena.

Alguns anos atrás, ainda era possível conhecer no museu uma parte do material arqueológico que estava acessível ao público e na década de 60, parte deste acervo já era conhecido como "Coleção Kurt Braunsburger" (homenagem ao morador de Corupá que doou parte de seu acervo arqueológico ao museu), através da menção da referência bibliográfica abaixo:

"8. - Coleção Kurt Braunsburger, Corupá. Junto a um museu zoológico encontram-se materiais recolhidos no município, principalmente pontas-de-flechas, machado-de-pedra, socadores (mão-de-pilão) de pedra, além de outros objetos." (página 461).

Link da publicação: "As fontes primárias da história: fontes arqueológicas catarinenses", do autor Walter Fernando Piazza. Artigo publicado em 1966 no "Anais do III Simpósio dos Professores Universitários de História – ANPUH (Associação dos Professôres Universitários de História) - Franca / SP, novembro de 1965, páginas 439 a 482.

Falando especificamente sobre o material lítico guardados em duas estantes, se encontram algumas pontas de flecha de quartzo leitoso com pedúnculos em formato de "rabo de peixe" "e também em formato de "V", pontas de lança, machados de pedra (alguns delas com entalhes duplos nas extremidades e também sulcos), dois virotes inacabados, mãos de pilão (retangulares e redondos), boleadeiras lisas (todas com sulcos), raspadores, dois zoólitos, entre outras peças líticas. Infelizmente, todas as peças arqueológicas acima mencionadas não possuem registro de origem (apenas numeração do acervo), ou seja, se sabe apenas que estas peças foram encontradas (a maior parte) no município de Corupá e municípios vizinhos do vale do rio Itapocu, além de outras localidades de Santa Catarina e outros estados.

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Alguns sítios arqueológicos no vale do rio itapocu que estão registrados no CNSA / SGPA do IPHAN.

Mesmo com as minhas pesquisas autodidatas de arqueologia no vale do rio Itapocu se encontrarem bastante avançadas, infelizmente são poucos os sítios arqueológicos aqui na região onde se tem conhecimento de algum registro oficial no órgão responsável do governo federal (IPHAN), até porque, na página oficial desta instituição na internet se encontra algumas informações desatualizadas ou ausentes no CNSA (Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos - Clique Aqui) e também no SGPA (Sistema de Gerenciamento do Patrimônio Arqueológico - Clique Aqui).

Por isso, estarei utilizando as informações da seguinte referência bibliográfica "Panorama Arqueológico de Santa Catarina", dos autores Deisi Scunderlick Eloy de Farias e Andreas Kneip (publicado no ano de 2010 pela editora Unisul), pois o livro mostra um número maior de sítios arqueológicos catalogados em Santa Catarina.

OBS: estarei citando parte da "Lista de Sítios Arqueológicos de Santa Catarina", na qual fazem parte apenas alguns sítios arqueológicos na bacia hidrográfica do vale do rio Itapocu.


Nas páginas 74 e 75 deste livro, temos as seguintes referências no município de Araquari:


Nome: Piraí Piranga
Código: 4201307-15
Coordenadas: 0 0
Tipo: Sambaqui.
Descrição: sítio com altura máxima de 3 metros e que ocupa área de 300 m². não foram realizadas intervenções arqueológicas no sítio e seu percentual de integridade é de 75%. o responsável por seu registro foi João Alfredo Rohr.

Nome: Rainha I
Código: 4201307-16
Coordenadas: UTM 22J 725757 7066131
Tipo: Sambaqui.
Descrição: sítio com altura máxima de 1 metro e que ocupa área 1,200 m². Não foram realizadas intervenções arqueológicas no sítio e seu percentual de integridade é menor que 23%. Sua destruição se deu devido pela abertura de uma estrada sobre o sítio.

Nome: Rainha II
Código: 4201307-32
Coordenadas: UTM 22J 726930 7062301
Tipo: Sambaqui.
Descrição:sítio sem descrição.


Nas página 82 e 83 deste livro, temos as seguintes referências no município de Barra Velha:


Nome: Barra Velha I
Código: 4202107-1
Coordenadas: 0 0
Tipo: Sambaqui.
Descrição: chão de antiga aldeia caracterizado por húmus preto misturado com carvão, conchas, etc. É um sítio do tipo sepultamente e ocupa área de 12.000 m². Foram realizadas coletas de superfície no sítio e todo o material coletado encontra-se no acervo do Museu do Homem do Sambaqui. Seu percentual de integridade é de 50% e sua destruição se deu devido a edificação de imóveis. O responsável por seu registro foi João Alfredo Rohr.

Nome: Barra Velha II
Código: 4202107-2
Coordenadas: 0 0
Tipo: Sambaqui.
Descrição: sambaqui com altura máxima de 1,5 metro. ocupa área total de 400 m² cujo percentual de integridade é de 75%. Não foram realizadas intervenções arqueológicas no sítio. O responsável por seu registro foi João Alfredo Rohr.

Nome: Faisqueira II
Código: 4202107-3
Coordenadas: UTM 22J 29495 7055750
Tipo: Sambaqui.
Descrição: sambaqui com altura máxima de 1 metro. ocupá área total de 750 m². não foram realizadas intervenções arqueológicas no sítio e seu percentual de integridade não foi informado. A responsável pelo registro foi a equipe do MU/UFSC.

Nome: Rio Itapocu
Código: 4202107-4
Coordenadas: UTM 22J 727063 7055684
Tipo: Sambaqui.
Descrição: sambaqui com altura máxima de 1 metro. ocupa área total de 100 m². localiza-se após o Rio Itapocu, ao fim de uma estrada que se inicia junto ao acostamento da Rodovia BR-101. Sua integridade foi muito afetada devido às escavações realizadas pelo proprietário do terreno para a instalação de residência. A responsável pelo registro foi a equipe do MU/UFSC.

Nome: Faisqueira I
Código: 4202107-5
Coordenadas: UTM 22J 729141 7055894
Tipo: Sambaqui.
Descrição: fonte do museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville (MASJ).

Nome: Ponta dos Náufragos (oficina)
Código:4202107-6
Coordenadas: UTM 22J 730819 7051373
Tipo: Sambaqui.
Descrição: fonte do museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville (MASJ).


Na página 108 deste livro, temos a seguinte referência no município de Corupá:


Nome: Bomplandt
Código:4204509-1
Coordenadas: UTM 22J 672997 7078808
Tipo: Taquara/Itararé.
Descrição: fonte do museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville (MASJ).


Na página 131 deste livro, temos a seguinte referência no município de Guaramirim:

Nome: Poço Grande
Código:4206504-1
Coordenadas: UTM 22J 7149960 7073271
Tipo: Tupi-guarani.
Descrição: fonte do museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville (MASJ).


Na página 191 deste livro, temos a seguinte referência no município de Joinville:

Nome: Itacoara
Código:4209102-45
Coordenadas: UTM 22J 713302 7077919
Tipo: Taquara/Itararé.
Descrição: apresenta estrutura semelhante a um sambaqui, com alguns fragmentos de conchas e muita fauna presente no pacote arqueológico. Escavado por Bandeira e equipe. Datação em TL de 550 anos AP no nível 2 e 14C de 1570 anos no nível 9.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Coleção Jacob Andersen - Um acervo de material arqueológico que se perdeu no vale do rio Itapocu.

O dinamarquês de nascimento, porém, brasileiro, catarinense e jaraguaense de coração Jacob Andersen, foi um dos pioneiros em salvaguardar entre outros objetos de museu um considerável material arqueológico que foram encontrados em sua maioria no vale do rio Itapocu. Cidadão da antiga colônia Jaraguá (atual Jaraguá do Sul) desde a década de 20 do século passado, foi um exímio relojoeiro de sua época. Contudo, um de seus legados também foi possuir na condição de detentor uma coleção particular de material arqueológico que ficava na sua antiga residência no centro da cidade de Jaraguá do Sul. Infelizmente, restou apenas nos dias atuais somente algumas referências bibliográficas descrevendo este seu acervo arqueológico nas décadas de 60 e 70 do século passado. Após o falecimento de Jacob Andersen alguns anos depois, esta coleção de material arqueológico acabou sendo comprada em sua maioria por uma instituição desconhecida do estado do Rio Grande do Sul. Conversando por telefone com uma de suas netas sobre os materiais arqueológicos salvaguardados pelo seu falecido avô, a mesma disse que infelizmente sua família não possui nenhum material arqueológico nos dias atuais, muito menos alguma foto ou outra referência que pudesse ao menos lembrar este acervo. Por isso, como forma de homenagear um dos pioneiros na guarda de materiais arqueológicos encontrados no vale do rio Itapocu, estarei publicando as páginas das referências bibliográficas conhecidas onde mencionam a extinta coleção arqueológica de Jacob Andersen.

Revista Quatro Rodas - Edição 51 (Outubro de 1964), página 86.

ANPUH / 1965 (Associação dos Professores Universitários de História) - As Fontes Primárias da História: Fontes Arqueológicas Catarinenses (Walter Fernando Piazza), página 461.

Um capitulo na povoacão do vale do Itapocu (O Segundo Livro do Jaraguá) - Emílio da Silva (Edição de 1975), página 332 / (Edição de 1983), páginas 396 e 397.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Contribuição de Beneval de Oliveira sobre os sambaquis costeiros no vale do rio Itapocu.

Estarei falando da pequena, porém, importante contribuição do professor de geografia Beneval de Oliveira em relação aos sambaquis costeiros no vale do rio Itapocu. Pra começar, farei um breve resumo deste pesquisador que foi técnico do Instituto do Mate, membro da Associação dos Geógrafos Brasileiros (A.G.B.) e com o patrocínio do Conselho Nacional de Geografia (C.N.G.), acabou relatando os vários aspectos geográficos de algumas regiões dos estados do Parana e Santa Catarina durante a década de 40 do século passado. O mesmo ainda lançou alguns livros e publicações de contexto geográfico e histórico nas décadas de 50, 60, 70 e 80. Contudo, entre seus trabalhos, estarei mencionando o periódico "Boletim Geográfico" (Volume 2, Número 17, mês de agosto de 1944), quando o mesmo tinha suas conferências registradas em ata que eram publicadas na seção "Tertúlias Geográficas Semanais", especificamente a "Sexagésima Sétima Tertúlia, Realizada a 6 e 8 de Junho de 1944", com o título "Comunicação do prof. Beneval de Oliveira sobre a zona litorânea do norte catarinense. Adiamento da sessão de 6 de junho em homenagem à notícia da invasão da Europa para sua libertação. Sessão de 8 de junho - A paisagem física do Itapocu e da Babitonga, climatologia. Vegetação, solos. Aproveitamento pelo homem. As cidades. Debates: Origem dos Sambaquis - Evolução geomorfológica desse litoral, pelo prof. Francis Ruellan" (páginas 682 a 696).
Na página 694, o conferencista Beneval de Oliveira faz uma pequena, mas importante observação:

"Informou o conferencista não ter encontrado sambaquis além de 10 quilômetros no vale do Itapocu".

O que podemos tirar de conclusão sobre o parágrafo descrito acima por Beneval de Oliveira em 1944? Coincidência ou não, o sambaqui costeiro mais longínquo conhecido atualmente e que pertence a bacia hidrográfica no vale do rio Itapocu, se encontra justamente a 10 quilômetros de sua foz com o mar na região do rio Piraí (afluente do rio Itapocu na sua margem esquerda) e foi catalogado aproximadamente 15 anos atrás com o nome de "Rainha 1" que fica na localidade de Corveta em Araquari. Esta informação confirma que desde aquela época existe pouca incidência de sambaquis costeiros no vale do rio Itapocu. Portanto, a importância de preservar os poucos sambaquis costeiros ainda existentes nas imediações na região da foz do rio Itapocu (sambaquis costeiros Faisqueira 1 e 2, Itapocu, Rainha 1 e 2) entre as cidades de Barra Velha e Araquari.

Link pra download do "Boletim Geográfico" (Volume 2, Número 17, mês de agosto de 1944).

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Acervo particular do Sr. Rui em Jaraguá do Sul - SC.


Datação da peças: Desconhecida

Tradição: Itararé

Este acervo particular se encontra atualmente com seu detentor na localidade de Rio Cerro 2 em Jaraguá do Sul - SC. Cerca de 60 anos atrás, integrantes de sua família ao fazer o arado na encosta de um morro próximo de sua propriedade acabaram encontrando de forma fortuita dois machados de pedra de granito e parte de um machado de pedra conhecido como "cunha de punho".


sexta-feira, 6 de maio de 2016

Contribuições de Guilherme Tiburtius e Alsedo Leprevost na história da arqueologia no vale do rio Itapocu.

Pouca gente sabe, mas entre as décadas de 40 e 50 do século passado, houve alguns estudos acadêmicos sobre materiais arqueológicos encontrados e recolhidos na nossa região. Contudo, alguns anos antes, outros materiais arqueológicos já tinham sido recolhidos e extraviados para os Estados Unidos, conforme a nota do livro "Indian Notes - Volume 7" - Nº 1/Janeiro de 1930, página 108 (acesse o link abaixo):

http://arqueologiavaledoitapocu.blogspot.com.br/2013/09/esclarecimento-historico-sobre.html

Voltando aos estudos arqueológicos da nossa região, estarei mencionando os trabalhos de pesquisa de Guilherme Tiburtius e Alsedo Leprevost que recolheram e estudaram alguns materiais arqueológicos encontrados no vale do rio Itapocu e imediações, sendo que estas pesquisas foram publicadas em alguns volumes do periódico anual "Arquivos de Biologia e Tecnologia" (Instituto de Biologia e Pesquisas Tecnologicas), de Curitiba / PR.
Entre os vários volumes, estarei mencionado dois artigos que foram publicados nos volumes 8 (1953) e 9 (1954):

Primeiro artigo publicado no volume 8 de 1953, intitulado:

"Nota sobre a ocorrência de machados de pedra, nos estados do Paraná e Santa Catarina" - Arquivos de Biologia e Tecnologia (1953), volume 8, páginas 503 a 556.

Neste artigo, os pesquisadores abordam os vários tipos de machado de pedra que foram encontrados nos estados do Paraná e também em Santa Catarina. Sobre estes artefátos líticos, estarei mencionando os machados de pedra que foram encontrados no sítio arqueológico de Itacoara (Joinville), sítio arqueológico (cerâmico) do Poço Grande (entre Araquari e Guaramirim) e fortuitamente encontrados também nas localidades de Garibaldi (Jaraguá do Sul) e Mato Preto (São Bento do Sul).


II - Machados nos Sambaquis


1(b) - Machados (cunhas de punho) com lâmina polida:

2099 - Encontrada na jazida paleo-etnográfica de Itacoara, Santa Catarina. Também confeccionada de pedra rolada, retangular com perfil em cunha, sendo que a base de apoio para a as arestas dos bordos laterais foram só levemente lascadas e as arestas menores foram repicadas, com o que os lados tornaram-se iguais. Nesta peça notamos inúmeros sinais de batidas: foi aplainada no sentido longitudinal, porém o polimento do gume foi realizado no sentido transversal, o que facilmente se observa, pela direção dos riscos existentes. A base de apoio adapta-se perfeitamente à mão e os dedos. Comprimento: 170 mm; largura: 103 mm; espessura máxima: 44 mm; peso: 1.390 g. (páginas 516 e 517)

Figura Nº 8, página 519.


2 - Machados finos:

2.083 - Encontrado na jazida paleo-etnográfica de Itacoara, Santa Catarina. Além deste, foram retirados nas escavações por nós efetuadas no sambaqui de Matinhos, Paraná, mais duas peças semelhantes. Tanto as arestas da porção superior aparentando cabo, como do restante do machado, são perfeitamente arredondadas, sendo a peça bem polida. As superfícies laterais são ligeiramente abauladas e o gume ligeiramente arcado, sendo bem afiado. Esta peça foi obtida em diabásio. Comprimento: 245 mm; largura: 146 mm; espessura máxima: 16 mm; peso: 1.250 g. (páginas 521 e 522)

Figura Nº 9, página 521.


4 - Machados retangulares (sem entalhe):

2.307 - Encontrado no sambaqui de Itacoara, Santa Catarina. Machado retangular, fino, com grandes sinais de lascamento nos bordos, assim como no extremo superior. Nos sinais. isto é, riscos, deixados pelo polimento, vê-se que a lâmina foi primeiramente trabalhada no sentido longitudinal e depois no sentido transversal. Nos bordos laterais, somente o mais grosseiro foi polido. Este machado esteve encabado por sua altura média. Comprimento: 169 mm; largura 104 mm; espessura: 39 mm;, peso: 1.260 g. (páginas 527 e 528)


2 615 - Encontrado no sambaqui de Itacoara, Santa Catarina. É um machadinho pequeno e estreito, encontrando-se ainda em todas as superfícies os sinais do lascamento, os quais permaneceram mesmo depois do polimento; as arestas que ficaram foram arredondadas posteriormente. Também este machado esteve fixado por sua altura média. A lâmina foi produzida segundo as faces, por isso tornou-se um instrumento muito afiado. Comprimento: 100 mm; largura: 45 mm; espessura: 26 mm; peso 215 g. (página 528)

Figura Nº 12, página 526.



III - Machados dos Planaltos


1 - Machados Finos

3.961 - Encontrado na localidade de Poço Grande, Santa Catarina; é um machado longo, porém estreito e fino. Caprichosamente polido, permanecem só ligeiros vestígios dos riscos da lapidação. Os bordos são ligeiramente abaulados, sendo arredondados em todo o comprimento. A lâmina foi obtida em ambas as superfícies, de maneira a fornecer um gume quase reto e bem afiado. Na extremidade superior houve também polimento. Este machado foi encontrado junto com outros objetos de pedra e muitos fragmentos de cerâmica, em um antigo aldeiamento indígena a 15 km de Joinville. Comprimento: 235 mm: largura: 60 mm; espessura: 20 mm; peso: 615. (página 531)

Figura Nº 14, página 532.


3 - Machados Diversos (a) - Semi Lunar

1.506 - Encontrado em Mato Preto, próximo de São Bento, Santa Catarina. Foi desenterrado junto com uma bola de pedra para funda. É um objeto delicadamente trabalhado, polido com uniformidade e perfeição, sendo iguais os dois lados. Apesar de possuir, um gume muito afiado, este machado não poderia ser usado para golpear, pois as pontas quebrariam muito facilmente. Além desta peça inteira, possuímos dois fragmentos de outras, um achado próximo a Curitiba e o outro em Tibagi. Da Ilha do Arvoredo, ao largo do litoral catarinense, obtivemos uma verdadeira foice em pedra lascada, não havendo o menor indício de afiação. Comprimento: 127 mm; largura entre as pontas: 150 mm; largura da base: 61 mm; espessura: 27 mm; peso: 510 g. (página 537)

Figura Nº 16, página 538.



6 - Machados com Secção Elipsoidal

1.228 - Encontrado na colônia de Garibaldi, não muito distante da cidade de Jaraguá, em Santa Catarina. Antigamente foi aí encontrado muito material lítico, não se conhecendo o destino que os agricultores deram ao mesmo. Este é um machado quase redondo, possuindo o gume somente metade da largura do corpo do machado, porém ainda bastante amolado. O extremo superior é plano e não lapidado, bem como o terço superior; nos demais lugares o polimento é perfeito. Comprimento: 142 mm; largura: 56 mm: espessura: 48 mm; peso: 590 g. (página 548)

Figura Nº 19, página 547.




Segundo artigo publicado no volume 9 de 1954, intitulado:


Nota sobre a ocorrência de virotes nos estados do Paraná e Santa Catarina (1954) - Arquivos de Biologia e Tecnologia (1954), volume 9, páginas 87 a 98.

Neste artigo, os pesquisadores abordam os vários tipos de virotes de pedra, osso e madeira que foram encontrados nos estados do Paraná e também em Santa Catarina. Sobre estes artefátos líticos, estarei mencionando os virotes de pedra que foram encontrados no sítio arqueológico de Itacoara (Joinville) e fortuitamente encontrados também nas cidades de Corupá e São Bento do Sul.


II - Virotes de Pedra


2416 - Encontrado em Itacoara, próximo de Joinville, Santa Catarina. Comprimento: 103 mm; diâmetro maior: 39 mm; peso: 97 g. Esta peça foi encontrada na jazida paleoetnográfica do mesmo nome, incluída em uma grossa camada de conchas de bacucu; não muito distante, no mesmo horizonte encontrou-se a porção inferior de outro virote. A peça inteira e o fragmento são caprichosamente polidos. (página 90)

Figura Nº 2, página 92.

139 - Encontrado em São Bento, Santa Catarina. Comprimento: 75 mm; diâmetro maior: 32 mm; peso: 56 g. Foi obtido de uma pedra com manchas brancas e pretas, provavelmente diorito decomposto superficialmente. Esta peça foi encontrada cravada na copa de um pinheiro, sendo retirada com dificuldade. (página 94)

4216 - Encontrado em Corupá, ex-Hansa, Santa Catarina. Comprimento. 79 mm; diâmetro maior: 46 mm; peso: 131 g. É um objeto deveras raro e belo, preparado de uma pedra de quartzo branco. (página 94)

Figura Nº 3, página 93.



Observações: em relação ao sítio arqueológico de Itacoara (Joinville), existem outros artigos sobre este local que foram publicados nos demais volumes do periódico "Arquivos de Biologia e Tecnologia", contudo, estarei mencionando de momento as seguintes notas dos volumes 8 (1953) e 9 (1954).

sábado, 17 de outubro de 2015

Oficina Lítica na localidade de Rio Novo em Corupá - SC.



Datação do local: Inconclusivo (entre 1.000 a 200 anos A.P.)

Tradição: Itararé

Estas duas pedras que são classificadas como oficina lítica se encontram num pequeno platô no meio de um morro, situado numa altitude média de 400 metros acima do nível do mar. A primeira pedra que possui 4 sulcos circulares irregulares de aproximadamente 10 cm de diâmetro (também conhecido como cúpulas), possivelmente era utilizada para moer alimentos ou mesmo tornear algumas ferramentas líticas como mãos de pilão, por exemplo. A segunda pedra que fica apenas 5 metros de distância da primeira, possui uma marca talhada e retilínea (canaleta) entre 30 a 40 cm de comprimento e que indica que também era utilizada para amolar algumas ferramentas líticas como machados de pedra, por exemplo.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Abrigo sob rocha na localidade de Ano Bom em São Bento do Sul - SC.


Datação do local: Desconhecida

Tradição: Itararé

Este abrigo sob rocha fica numa das encostas da serra do mar na localidade de Ano Bom em São Bento do Sul - SC (acesso via Corupá - SC). O lugar fica cerca de 400 metros acima do nível do mar e tem aproximadamente 10 metros de comprimento por 5 de largura e 4 metros de altura máxima. Há muitos anos atrás, alguns agricultores e caçadores encontravam de forma fortuita neste lugar alguns vestígios de artefatos líticos como fragmentos de cerâmica e pontas de flecha, sendo que atualmente ainda se avista na camada superficial de terra possíveis fragmentos de ossos decompostos de animais e nos cantos inferiores cascas de conchas de caramujos nativos da região (não confundindo com a espécie alienígena do caramujo africano), podendo este local ser talvez o primeiro catalogado no vale do rio Itapocu onde se tem comprovação deste tipo de alimentação no dia a dia dos índios.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Sítio cemitério em abrigo sob rocha (Abrigo Rückl) na localidade de Cerro Azul em Rio Negrinho - SC.


Datação do local: Entre 1.300 a 1.600 anos A.P. (Antes do Presente).

Tradição: Itararé

Este sítio cemitério em abrigo sob rocha ou gruta conhecido na história como "cemitério dos botocudos" e na arqueologia como "abrigo Rückl", fica na localidade de Cerro/Serro Azul em Rio Negrinho - SC. No local foram encontrados algumas ossadas humanas desde o ano de 1886 e ainda se encontram pequenos pedaços de ossos humanos fragmentados nos dias de hoje. Mesmo não fazendo parte diretamente dos estudos sobre arqueologia no vale do rio Itapocu, indiretamente o lugar está ligado com esta região no contexto histórico desde o final do século XIX, ao ponto de merecer uma edição especial no Jornal do Vale do Itapocu de Jaraguá do Sul durante o mês de janeiro de 2015 e também no Jornal (Clic) Perfil da cidade de Rio Negrinho durante o mês de abril. Ambos os jornais se encontram nas imagens ou links em axeno:


Jornal (Clic) Perfil da cidade de Rio Negrinho-SC/edições de abril de 2015 (segunda versão, vem novas informações complementares na última parte).



Link:Jornal (Clic) Perfil - 11 e 12 de abril de 2015 (Página 15/Caderno de História)


Link:Jornal (Clic) Perfil - 18 e 19 de abril de 2015 (Página 15/Caderno de História)


Link:Jornal (Clic) Perfil - 25 e 26 de abril de 2015 (Página 13/Caderno de História)


Jornal do Vale do Itapocu da cidade de Jaraguá do Sul-SC/edições de janeiro de 2015 (primeira versão).



Jornal do Vale do Itapocu - 14 e 16 de janeiro de 2015 (Página 10)


Jornal do Vale do Itapocu - 23 de janeiro de 2015 (Página 6)


Jornal do Vale do Itapocu - 28 e 30 de janeiro de 2015 (Página 10)

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Acervo particular do Sr. Loreno em Jaraguá do Sul - SC.


Datação da peças: Desconhecida

Tradição: Itararé

Este acervo particular se encontra dentro do estabelecimento comercial e residência do Sr. Loreno que fica na localidade de Nova Brasília em Jaraguá do Sul - SC. No local foram encontrados há muitos anos atrás pelo seu avô durante o arado a poucos centímetros do solo e pelo neto e atual detentor algumas peças líticas durante a construção de seu atelier. Ele comentou também que sua família fez uma considerável doação anos atrás de materiais líticos que foram encontrados em sua propriedade e imediações de sua propriedade para o Museu Paranaense em Curitiba-PR. Por haver descaracterização física do local onde foram encontrados estes materiais líticos, fica difícil afirmar se o mesmo poderia ter sido um sítio lítico ou apenas de acampamento temporário. Dentre os artefatos que atualmente restaram, se encontram alguns raspadores e lascas trabalhadas de diversos tamanhos de arenito, um cavador de terras de arenito, um amolador de machados de pedra de granito e uma ponta de lança de granito. Uma curiosidade histórica que seu Loreno conta é que próximo dali cerca de 100 anos atrás, seu avô que adquiriu esta propriedade na qual nem existia picadão, contava da fumaça criada no acampamento temporário de índios botocudos no cume do morro que fica defronte a sua propriedade, local conhecido antigamente como "morro do Bruns" e também "morro da antena retransmissora da rádio Jaraguá" e atualmente como "morro do Kohlbach e também "morro do Konell". Existem relatos que na década de 60 do século passado foram encontrados de forma dispersa neste morro algumas pontas de flecha.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Acervo do Museu Municipal Carlos Lampe em Rio Negrinho - SC.


Datação das peças: Desconhecida

Tradições: Homem do Sambaqui e Itararé

O museu municipal Carlos Lampe fica na rua Carlos Weber, número 150, centro da cidade de Rio Negrinho. O mesmo foi inaugurado em 1980 e desde então vem mostrando um pouco da história desta cidade através do seu acervo colonial, geológico e arqueológico. Em relação aos materiais líticos, o museu possui numa sala algumas mãos de pilão de granito e basalto, pequenas machadinhas de pedra de granito (algumas com tacapes), alguns fragmentos (cacos) de cerâmica, uma mesa de pedra que era usada para polir machados de pedra, partes de ossadas humanas encontradas no interior do município num cemitério indígena há muitos anos atrás que fica cerca de 50 quilômetros da cidade na localidade de Cerro Azul (conhecido arqueologicamente como "abrigo Rückl ou Rückel)" e uma pedra de basalto com inscrições rupestres nas quatro faces que foi comprada pelo museu desde sua inauguração e sua origem é um pouco remota e misteriosa, pois o pouco que se sabe sobre esta pedra é que a mesma teria sido encontrada no estado do Paraná entre o litoral e a serra do mar (conhecido antigamente como "Serra da Prata"), num ponto aproximado entre as cidades de Guaratuba e São José dos Pinhais. Esta pedra é mencionada no livro "Peabiru - Os Incas no Brasil" do autor Luiz Galdino. A maioria da peças líticas foram encontradas no interior do município, sendo que outras foram encontradas em São Bento do Sul –SC e Agudos do Sul - PR e demais utensílios indígenas são originárias da tribo Pacas Novas (Pacaás Novos no estado de Rondônia).

terça-feira, 22 de abril de 2014

Acervo do Museu Sto Lat em Campo Alegre - SC.


Datação das peças: Desconhecida

Tradição: Itararé

A nova sede do museu Sto Lat ("cem anos" na língua polaca), fica atualmente na rua Alcides Medeiros Correia, número 296, na localidade de Bateias de Baixo e fica pouco mais de 15 quilômetros do centro da cidade de Campo Alegre-SC. O acesso até o museu se dá entre a bifurcação da rodovia SC-418 (antiga SC-301) com a rodovia SC-110 (Leopoldo Grosskopf) até chegar a localidade de Bateias de Baixo. Este museu que foi criado por iniciativa de alguns moradores daquela localidade cerca de 10 anos atrás, é um dos poucos da região norte e nordeste do estado de Santa Catarina onde se dedica a contar a história da colonização dos primeiros imigrantes de origem polaca que povoaram a região de Campo Alegre e imediações no final do século XIX e início do século XX.
Entre os mais diversos acervos coloniais e outras peças que se encontra neste museu, o mesmo possui um espaço dedicado a materiais líticos encontrados e doados por moradores da região de Bateias de Baixo e também de outras localidades da cidade de Campo Alegre como, por exemplo, machados de pedra de arenito (alguns destes com tacapes), mãos de pilão de granito e arenito, cavadores de terra de arenito, algumas pontas de flecha de quartzo e calcedônia e alguns fragmentos de cerâmica.
O museu fica aberto o dia inteiro pra visitação apenas no último domingo de cada mês a partir das 09 horas até as 17 horas.
Para agendar previamente uma visita nos demais dias, tem que ligar com antecedência com a responsável do museu que é a dona Eulália nos telefones: (47) 3632-7053 ou (47) 3632-7061.
Duas curiosidades sobre os estudos sobre arqueologia na cidade de Campo Alegre.
A primeira curiosidade arqueológica seria uma suposta gravura feita no lajeado de uma pedra atribuído aos índios que habitavam a região e chamado popularmente pelos moradores de Bateias de Baixo com o nome de "pé de índio". O local fica numa propriedade particular e fica no lado esquerdo de um ribeirão onde foi construído na década de 30 do século XX uma pequena represa (atualmente desativada).
A segunda curiosidade arqueológica é um trabalho acadêmico feito alguns quilômetros do centro de Campo Alegre onde foram encontrados abrigos ou estruturas subterrâneas, conhecidos popularmente como "buracos de bugre". Este levantamento arqueológico se encontra gratuitamente disponível pra visualização no link abaixo:

Discussão sobre a ocorrência de estruturas subterrâneas no alto vale do rio Negro, planalto norte de Santa Catarina

quinta-feira, 27 de março de 2014

Acervo do Museu Natural Entomológico Ornith Bollmann em São Bento do Sul - SC.


Datação das peças: Desconhecida

Tradições: Itararé e Guarani

O museu natural entomológico Ornith Bollmann de São Bento do Sul que fica no bairro Oxford, defronte ao trevo da rodovia SC-418 (antiga SC-301) na altura do Km 59 que dá acesso a localidade de Mato Preto (SC-420 ou Rodovia dos Móveis), tem como principal exposição museológica um considerado acervo de insetos e demais invertebrados, além de um espaço de taxidermia (animais empalhados encontrados na região como felinos e répteis, por exemplo), materiais geológicos (cristais e madeiras petrificadas), além de materiais arqueológicos que foram cedidos pelo museu municipal doutor Felippe Maria Wolff também de São Bento do Sul para serem expostos neste museu. No acervo, se encontram algumas mãos de pilão polidas de granito, arenito e basalto, algumas pontas de flecha de quartzo leitoso e granito, dois machados de pedra de granito, uma lasca de pedra trabalhada, uma ponta de projétil romba ou virote de granito que servia pra abater pássaros e também colher frutos. Estas peças são oriundas de cidades catarinenses próximas de São Bento do Sul como Rio Negrinho, Mafra, Campo Alegre e também da cidade paranaense de Agudos do Sul.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Acervo particular do Sr. Carlos em Corupá - SC.


Datação das peças: Desconhecida

Tradições: Itararé e Guarani

Este acervo particular se encontra com o Sr. Carlos que mora no centro de Corupá - SC. O mesmo adquiriu estas peças em decorrência da sua atividade profissional quando o mesmo exercia alguns anos atrás antes de se aposentar em algumas localidades da cidade, sendo que as maior parte de seu acervo foram doados por moradores residentes nas localidades de Bonpland, Caminho Pequeno e Seminário. Se encontram no acervo um cachimbo de argila (Petynguá), um pequeno pote de cerâmica liso e fraturado, pequenos fragmentos de cerâmica, algumas pontas de flecha de quartzo cristalizado, leitoso e granito, duas pontas de lança de quartzo, alguns machados de pedra de granito e arenito (sendo que alguns se encontram fragmentados), uma mão de pilão de granito e dois amoladores de arenito. Sobre o cachimbo de argila (Petynguá), o Sr. Carlos comentou que esta peça foi encontrada por um terceiro que lhe doou esta peça no final da década de 70 do século passado não muito distante da margem direita do rio Itapocu, (pouco abaixo das confluências dos rios Novo e Humboldt) numa propriedade particular em decorrência da terraplanagem para a construção de uma residência.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Acervo particular do Sr. Maickon em São Bento do Sul - SC.


Datação das peças: Desconhecida

Tradição: Itararé

Este grande acervo particular se encontra com o Sr. Maickon que mora na localidade de Rio Ano Bom em São Bento do Sul – SC (acesso via Corupá – SC). O mesmo adquiriu a maioria destas peças na mesma localidade onde reside em decorrência de sua atividade profissional. Algumas peças líticas foram encontradas nas imediações da propriedade de sua família, porém, não foi possível avaliar se o local poderia se tratar de um possível sítio lítico ou acampamento temporário (em decorrência da caça). O mesmo possui aproximadamente 70 pontas de flecha das mais variadas formas e tamanhos (confeccionados em granito, quartzo leitoso, quartzo cristalizado e calcedônia), uma ponta de lança, pequenos fragmentos de cerâmica e alguns machados de pedra (um destes se encontra fragmentado) confeccionados em granito, arenito e diabásio (este último foram trabalhados sulcos ou pequenos cavacos nas bordas), além de um cavador de terra feito de arenito.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Acervo particular do Sr. José (Cacá) em Barra Velha - SC.


Datação das peças: Desconhecida

Tradição: Homem do Sambaqui

Este pequeno acervo particular se encontra com o Sr. José (vulgo Cacá), que mora na localidade de Itajuba em Barra Velha - SC. O mesmo (que é renomado historiador da cidade) adquiriu estas peças na região através de doações esporádicas feitas por moradores da região ou achadas fortuitamente pelo próprio. Antigamente ele tinha outras peças líticas e atualmente possui apenas dois artefatos comprovadamente utilizados pelo Homem do Sambaqui, sendo que a primeira é um machado de pedra de arenito que foi doado por um morador na região de Coqueiros em Araquari, onde o mesmo a encontrou próximo de um sambaqui costeiro na micro bacia hidrográfica do rio Perequê que deságua diretamente no canal do linguado (próximo da boca da barra em Barra do Sul) não fazendo parte arqueologicamente falando da bacia hidrográfica do vale do rio Itapocu. O outro artefato vem de um osso do canal auditivo da baleia (provavelmente da espécie jubarte) chamado de "bula timpânica". Esta última peça tem num dos lados um abrasamento (desgaste artificial) onde servia como ferramenta pra afiar outros utensílios feitos de ossos. Uma curiosidade mostrada gentilmente pelo historiador de Barra Velha foi um local próximo de sua casa na foz do rio Itajuba com o mar onde teria restos de um provável sambaqui costeiro ainda não catalogado. O Cacá foi uma testemunha ocular da história quando me contou que presenciou o arqueólogo e padre João Alfredo Rohr fazendo um levantamento do sítio de sepultamento raso da tradição Itararé na ilha do Grant em Barra Velha entre as décadas de 70 e começo de 80.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Acervo particular do Sr. Alvin em São Bento do Sul - SC.


Datação da peça: Desconhecida

Tradição: Itararé

Este pequeno acervo particular se encontra com o Sr. Alvin que mora no início da tifa ou estrada do Saco (Sacstrasse em alemão) na localidade de Sertãozinho Baixo (continuação da Estrada dos Bugres) em São Bento do Sul - SC. O mesmo adquiriu esta peça nas imediações de sua propriedade há muitos anos atrás quando encontrou fortuitamente uma ponta de lança de granito (infelizmente esta peça se encontra na foto parcialmente tingida parcialmente na cor verde), um prato redondo de pedra feito de concreção (solidificação e, ou polimento) natural e um machado de pedra. Porém, estas duas últimas peças líticas não foi possível catalogá-las de momento. Seu parente próximo (primo) que mora perto de sua propriedade na mesma localidade, comentou que seus falecidos pais também encontraram em diferentes pontos de sua propriedade duas pontas de flecha, mas que infelizmente o mesmo não conseguiu localizar de momento estas peças para catalogação. Segundo seu Alvin, os moradores antigos diziam que nesta área, os índios botocudos costumavam caçar pelas imediações, pois deixavam vestígios (pequenas trilhas) de sua presença até a chegada dos primeiros colonizadores nesta localidade no início do século XX. Em decorrência destas peças ter sido encontradas em diferentes locais, tudo indica que ali era uma área usada comumente para caça, sendo pouco provável haver algum sítio lítico nas imediações das confluência dos braços do ribeirão Sertaozinho Baixo, ribeirão Pato Tonto e Hennstrasse (estrada das Galinhas) ou Ameisenstrasse (estrada da Formiguinha), todas fazendo parte da localidade da Estradas dos Bugres.
Coincidência ou não, o local onde foi encontrada fortuitamente esta ponta de lança e demais peças líticas mencionadas (não catalogadas), coincide na melhor topografia do vale do rio Itapocu com o provável itinerário do caminho do Peabiru na metade da subida da serra do mar na cidade de São Bento do Sul - SC

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Acervo do Museu Municipal de Massaranduba - SC.


Datação da peça: Desconhecida

Tradição: Itararé

O museu municipal de Massaranduba que fica na rua 11 de novembro, número 2783, centro da cidade (ao lado da prefeitura), conta através do seu acervo recém criado um pouco da história dos primeiros colonizadores e imigrantes das etnias alemã, italiana, polonesa, entre outras, através de ferramentas agrícolas, móveis, utensílios e demais objetos que estão na sua maioria em regime de permuta (empréstimo) com o museu. Entre estes objetos mencionados, se encontra a primeira peça lítica ameríndia oficial catalogada dentro do município. Trata de uma única ponta de flecha de quartzo bifacial serrilhado encontrado muitos anos atrás por um falecido agricultor que encontrou a mesma de forma fortuita na sua propriedade que fica na localidade de vila Guarani Mirim. Sua irmã que acabou herdando a ponta de flecha, resolveu fazer a doação em definitivo para o museu municipal de Massaranduba, sendo considerado uma peça muito importante e por enquanto exclusiva para a história da cidade.
Uma curiosidade histórica referente as localidades de Guarani Mirim e Guarani Açu seria a origem do nome que poderia indicar a presença ou ocupação indígena nestas localidades.Porém, tudo indica que com este achado se trate na verdade da ocupação da etnia indígena Macro Jê/Itararé (índios Xoclengue ou botocudos que ocuparam a região do vale do rio Itapocu e imediações antes das primeiras ocupações coloniais na segunda metade do século XIX), pois era comum as pessoas (por desconhecimento antropológico) associar equivocadamente estes índios com os descritos na história catarinense chamados guaranis carijós que habitavam a região litorânea no século XVI. Muitas pessoas ainda nos dias atuais pensam que "índio é tudo igual"!
Nos livros de história sobre a cidade de Massaranduba, são mencionados duas versões a respeito da origem da localidade com o nome “Guarani” (Mirim e Guaçu) que são na verdade dois ribeirões que pertencem a bacia hidrográfica do rio Itapocu. A primeira é a própria presença de índios antes da colonização nestas localidades, sendo este nome associado equivocadamente para os botocudos que ocupavam a região no século XIX e a segunda versão seria que por ali teria sido encontrado nos primeiros anos de colonização entre o final do século XIX e começo do século XX uma moeda cunhada em guarani de origem desconhecida.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Provável sítio de sepultamento raso na localidade de Rio Natal em São Bento do Sul - SC.


Datação do local: Desconhecido

Tradição: Itararé

Este provável sítio de sepultamento raso fica na localidade de Rio Natal (próximo ao Morro da Igreja) em São Bento do Sul - SC. O local é pouco conhecido pelos moradores da própria localidade, porém é chamado pelas poucas pessoas que já ouviram falar do lugar de "cemitério dos bugres"! O local fica dentro de uma propriedade particular e para se chegar lá se utiliza uma trilha íngreme até certo ponto onde próximo da beirada desta se encontram três montes de terra que estão separados um do outro aproximadamente cinco metros de distância e forma entre eles um ângulo triangular, mostrando que não se trata apenas de uma coincidência da natureza e sim de que o local sofreu interferência humana! Dos três montes de terra avistados e catalogados (em especial da foto acima que mostra ser o maior deles), foram cavados recentemente por tatus e um deles quase perdeu sua forma de monte de terra em decorrência da erosão. Algumas conversas que tive com moradores próximos (um deles me levou até o local), afirma que ali próximo chegaram a morar há mais de cinquenta anos atrás outros moradores, podendo assim haver questionamentos se o local poderia ter sido utilizado como um cemitério improvisado entre eles, mas o antigo proprietário do lugar que herdou a propriedade de sua falecida avó, esta teria relatado para terceiros que sua família adquiriu esta propriedade cerca de cem anos atrás e ao fazer as roças (quando era criança) encontraram pela primeira vez estes montes de terra, desmsitificando a hipótese de que o local tivesse alguma interferência direta de algum morador que veio morar nas imediações muitos anos depois da chegada deles! Outros fatos que reforçam que o local se trata de um provável sítio de sepultamento raso é que o antigo proprietário teria achado nas imediações alguns materiais líticos como pontas de flecha, por exemplo, e ainda teria encontrado um abrigo sobre rocha com peças de cerâmica indígena intáctas. Caso o local seja definitivamente estudado e confirmado como sendo um sítio de sepultamento raso (se assemelham aos que eu conheci na cidade de Urubici - SC), é preciso preservar este local o quanto antes para não se perder mais um sítio arqueológico importantíssimo no vale do rio Itapocu, pois são conhecidos e catalogados academicamente alguns sambaquis costeiros na cidade de Barra Velha e um sambaqui fluvial em Joinville onde foram encontrados nestes algumas ossadas humanas, porém, este ainda não foi estudado. Dentro do vale do rio Itapocu ouvi alguns relatos de que existiram ou ainda existem sítios de sepultamento raso ocorridos na mesma região em Rio Natal em São Bento do Sul, Bompland, Osvaldo Amaral e Rio Novo em Corupá e no Garibaldi em Jaraguá do Sul, sendo descritos com as mesmas características físicas como da foto acima.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Esclarecimento histórico sobre arqueologia no vale do rio Itapocu.


Cada vez mais que minha pesquisa fica aprofundada e investigativa, infelizmente acabo descobrindo relatos sobre extravio de material arqueológico na região do vale do rio Itapocu, levados por terceiros para os estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e outras regiões do Brasil e também no estado de Santa Catarina como Blumenau e Joinville, por exemplo. A grande maioria destes antigos detentores desconhecia a legislação vigente sobre arqueologia no Brasil. Porém, este extravio não acontece infelizmente nos tempos atuais e sim há registros deste extravio há muitos anos atrás, pois antes do Decreto Lei Nº 25, de 30 de novembro de 1937 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del0025.htm) e Lei Nº 3.924, de 26 de julho de 1961 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-1969/L3924.htm), não existia nenhuma legislação brasileira específica sobre o assunto que considerasse o extravio de qualquer material arqueológico ilegal (principalmente pra fora do Brasil). Fato histórico comprovadamente registrado na página 108 do livro "Indian Notes - Volume 7 - Nº 1/Janeiro de 1930" (disponível gratuitamente pra download no site: http://archive.org/details/indiannotes711930muse), onde são mencionados no total 45 peças inteiras e fragmentadas de material arqueológico de diversos tipos (mãos de pilão, machados, amoladores de pedra, entre outras peças) encontrados dentro da região do vale do rio Itapocu e litoral sul do estado de Santa Catarina e que foram levados para os Estados Unidos, onde se presume (se este material não foi usado como moeda de troca por lá) que ainda se encontram guardados no "National Museum of the American Indian" (Museu Nacional do Índio Americano) de Nova York (www.nmai.si.edu) ou (www.americanindian.si.edu). Infelizmente estes artefatos que foram encontrados dentro do vale do rio Itapocu na década de 20 não estão catalogados online no Museu Nacional do Índio Americano (para um futuro e possível repatriamento de parte ou total das 45 peças). Porém, outras peças encontradas no estado de Santa Catarina se encontram catalogadas online no link abaixo:

http://americanindian.si.edu/searchcollections/results.aspx?catids=0&place=Brazil%3b+Santa+Catarina

Maiores informações a respeito serão esclarecidas no meu livro que será lançado em breve!

A seguir, a tradução de alguns parágrafos com informações adicionais entre parênteses da página 108 deste livro onde se tem o total de 45 peças extraviadas no vale do rio Itapocu para os Estados Unidos:

Grande ponta de lança de (pedra) ferro; ranhuras na pedra; machado. Rio Novo (Corupá), Estado de Santa Catarina, Brasil. (três peças);

Pilão; bola de pedra; dezesseis machados; pilão, dois fragmentos de pilão, prato de pedra feito de concreção (solidificação e, ou polimento) natural. Rio Vermelho (São Bento do Sul), Estado de Santa Catharina, Brasil. (vinte e duas peças);

Pilão, seis machados. Rio Itapocu (em algum ponto do rio Itapocu entre Corupá e Jaraguá do Sul), Estado de Santa Catarina, Brasil. (sete peças);

Pilão. Vale Pomplan (Bompland, Corupá), Estado de Santa Catarina, Brasil. (uma peça);

Quatro machados. Ribeirão Grande (Ribeirão Grande do Norte, pertencia na época a Hansa Humboldt como se chamava anteriormente Corupá e atualmente a localidade pertence a cidade de Jaraguá do Sul), Estado de Santa Catarina, Brasil. (quatro peças);

Quatro machados. Vale Annobom (Ano Bom, São Bento do Sul), Estado de Santa Catarina, Brasil. (quatro peças);

Dois machados. Rio Paulo (Corupá), Estado de Santa Catarina, Brasil. (duas peças);

Pilão. Rio Pedra de Amobar (Pedra de Amolar, Corupá), Estado de Santa Catarina, Brasil. (uma peça);

Pedra Lascada. Montanha da Serra (provavelmente se trata de Serra Alta em São Bento do Sul), Estado de Santa Catarina, Brasil. (uma peça).

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Acervo particular do Sr. Tarcísio em Corupá - SC.


Datação das peças: Desconhecida

Tradição: Itararé

Este acervo particular se encontra com o Sr. Tarcísio que mora no bairro Seminário em Corupá - SC. O mesmo adquiriu estas peças na localidade de Rio Paulo Grande quando era dono de uma propriedade alguns anos atrás nas margens do mesmo rio. A maioria das peças líticas foram encontradas dispersas, ficando difícil especificar se o local seria apenas um sítio de acampamento temporário, de caça ou se trata de um possível sítio litico. O mesmo comentou ainda que encontrava algumas ferramentas líticas feitas de pedra como amoladores de pedra, mas acabou não dando importância em guardá-las. No acervo se encontram algumas pontas de flecha de quartzo leitoso e também de granito.

Abaixo, se encontra gratuitamente o link do colega Zigmar que começou há pouco tempo também catalogar em detalhes algumas peças líticas como machados de pedra, mãos de pilão, vaso de cerâmica e também algumas das pontas de flecha mencionadas aqui, onde a maioria das peças foram também encontradas na região de Corupá:

Corupá Nativo

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Acervo particular do Sr. José em Corupá - SC.


Datação das peças: Desconhecida

Tradição: Itararé

Este acervo particular se encontra com o Sr. José que mora no centro de Corupá - SC. O mesmo adquiriu estas peças na localidade de Ribeirão Correias que fica na mesma cidade onde trabalha na atividade da banana e entre o plantio e a colheita tanto na sua propriedade quanto nas propriedades vizinhas, ele e alguns de seus funcionários acabam encontrando ocasionalmente algumas pontas de flecha e demais materiais líticos revirados em decorrência do arado. No seu acervo, além de possuir algumas pontas de flecha em sua maioria feitas de quartzo leitoso, calcedônia e de granito, possui também um pedaço de pedra semelhante ao óxido de ferro que ao entrar em contato com a água, sai uma pigmentação de cor vermelha que os índios usavam para pintar seus corpos ou tingir seus utensílios como por exemplo, a cerâmica.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Acervo do Museu Municipal Emílio da Silva em Jaraguá do Sul - SC.


Datação das peças: Desconhecida

Tradições: Itararé e Tupi Guarani

O museu histórico municipal Emílio da Silva que fica na praça Ângelo Piazera no centro de Jaraguá do Sul, conta através do seu acervo a história da cidade e região desde os tempos da imigração e colonização que começou no final do século XIX. E neste lugar se inclui também um pequeno espaço dedicado a arqueologia. Porém, as peças líticas e cerâmicas que foram doadas para o museu e que estão expostas para o público, são originarias em sua maioria das cidades de Piraquara (região metropolitana de Curitiba no estado do Paraná), Pilar do Sul (fica entre as cidades de Itapetininga e Sorocaba no planalto sul do estado de São Paulo), e outros lugares e regiões do Brasil (algumas peças foram doadas desde o final da década de 60 do século passado). Somente alguns materiais líticos e cerâmicos que foram localizados na região do vale do Itapocu se encontram expostos no museu (a maior parte ainda não se encontram identificadas). Se destacam no acervo algumas mãos de pilão, machados e outros utensílios de pedra feitos de granito e arenito, além de alguns fragmentos (cacos) de cerâmica e artesanato indígena.

sábado, 8 de junho de 2013

Acervo particular do Sr. Elias em Corupá - SC.


Datação das peças: Desconhecida

Tradição: Itararé

Este acervo particular se encontra com o Sr. Elias que mora na localidade de Rio Novo em Corupá - SC. O mesmo adquiriu estas peças durante o arado em alguns pontos do morro de sua propriedade que fica na rua paralela do lado direito do rio Novo, quando encontrou algumas pontas de flecha e pontas de lança dispersas. Porém, não foi possível ir até o local onde foram encontrados os artefatos pra analisar se o lugar trata de apenas um local que já foi um sítio de acampamento temporário indígena ou se trata de um provável sítio lítico. O mesmo informou também que próximo de onde foram encontrados a maioria das pontas de flecha (cerca de 1.000 metros acima de sua casa), existe uma pedra com cinco ou seis cúpulas (buracos entre a pedra) entre 10 a 20 centímetros de diâmetro que pode se tratar de uma oficina lítica em formato de almofariz (também conhecido como pilão ou moedor feitos de madeira ou pedra e que são usados como base para as mãos de pilão), porém, não foi possível de momento verificar o local. Atualmente o senhor Elias possui apenas duas pontas de flecha, pois as demais peças acabaram sendo extraviadas ou doadas a terceiros.

sábado, 25 de maio de 2013

Acervo particular do Sr. Leopoldo em Corupá - SC.


Datação das peças: Desconhecida

Tradições: Inconclusivo (Itararé ou Guarani)

Este acervo particular se encontra com o Sr. Leopoldo que mora na localidade de Osvaldo Amaral em Corupá - SC. O mesmo adquiriu estas peças ocasionalmente durante o arado na plantação de alguns pés de banana na sua atual propriedade e também na antiga que habitava alguns anos atrás na localidade de Rio Novo (Tifa dos Milhões). Dentre as peças se encontram três pontas de flecha, sendo que duas de calcedônia na qual foram encontradas dispersas no entorno de sua propriedade e uma de quartzo leitoso, esta última encontrada na sua antiga propriedade, não caracterizando a princípio ambos os locais terem sidos sítios líticos. Seu vizinho de propriedade na mesma localidade de Osvaldo Amaral, este tem um sítio lítico de fabricação de pontas de flecha comprovado. Ainda falando da atual propriedade, o mesmo já encontrou pequenos fragmentos (cacos) de cerâmica durante o arado no morro de sua propriedade, mas de momento não foi possível verificar se o local trata de um possível sítio cerâmico. A família chegou a possuir outros artefatos encontrados na região, mas as peças acabaram se extraviando. Coincidência ou não, o local onde foram encontradas fortuitamente parte destas pontas de flecha, coincide na melhor topografia do vale do rio Itapocu com o provável itinerário do caminho do Peabiru no início da subida da serra do mar na cidade de Corupá - SC.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Acervo particular do Sr. Arnaldo em Corupá - SC.


Datação da peças: Desconhecida

Tradição: Itararé

Este acervo particular se encontra com o Sr. Arnaldo que mora na localidade de Rio Novo em Corupá - SC. O mesmo adquiriu estas peças dispersas em alguns pontos de sua propriedade, descaracterizando o lugar ter sido um sítio lítico pela ausência de mais pontas de flecha encontradas num mesmo lugar, mas provavelmente tenha sido um sítio de acampamento temporário ou de passagem. Dentre as peças se encontram duas pontas de flecha de quartzo, um semeador de granito e uma ponta de projétil romba ou virote de granito que servia pra abater pássaros e também colher frutos (peça inédita encontrada dentro do vale do rio Itapocu).

Acervo particular do Sr. Ivanor em Corupá - SC.


Datação da peças: Desconhecida

Tradição: Itararé

Este acervo particular se encontra com o Sr. Ivanor que mora na localidade de Serra do Guarajuva em Corupá - SC. O mesmo adquiriu estas peças na região, principalmente na localidade de Ribeirão Correias onde moram parte de membros de sua família que possuem também alguns acervos particulares. Entre as peças se encontram em especial um afiador quadrado polido de granito e entre as pontas de flecha, uma é especial porque é rara e até o presente momento inédita de ser encontrada aqui na região do vale do rio Itapocu. Ela é conhecida como ponta de flecha "rabo de peixe" (terceira da esquerda pra direita na foto), sendo confeccionado com um material poroso e brilhoso, podendo esta ponta de flecha ser mais antiga do que a ocupação da tradição Itararé na região, remontando a um grupo de caçadores e coletoras da tradição Umbu. Outra ponta de flecha (segunda da esquerda pra direita na foto), o mesmo acabou encontrando dispersa dentro da sua propriedade durante o arado no cultivo de alguns pés de banana.

Acervo particular do Sr. Leandro em Corupá - SC.


Datação da peças: Desconhecida

Tradição: Itararé

Este acervo particular se encontra com o Sr. Leandro que mora na localidade de Rio Isabel (Vila Rützen) em Corupá - SC. O mesmo adquiriu estas peças na região, principalmente na localidade de Ribeirão Correias onde moram parte de membros de sua família que possuem também alguns acervos particulares. Entre as peças se encontram pouco mais de 30 pontas de flecha de quartzo, calcedônia e granito e um pedaço de óxido de ferro na qual ao entrar em contato com a água se extrai um pigmento que os índios provavelmente usavam para tingir ou pintar seus adornos.

Acervo particular do Sr. Rolf em Jaraguá do Sul - SC.


Datação da peças: Desconhecida

Tradições: Itararé e Guarani

Este acervo particular se encontra dentro do estabelecimento comercial do Sr. Rolf na localidade de Chico de Paulo em Jaraguá do Sul - SC. No local se encontra em anexo um pequeno museu de peças antigas, figuras de piratas (hobby) e também alguns materiais de origem geológico lítico. O mesmo que é morador de Corupá - SC, quando exercia outra atividade naquela cidade recebia em algumas localidades doações feitas por pessoas que encontravam estas peças em suas propriedades. Dentre os artefatos se encontram três machados de pedra sendo dois polidos de granito e um de arenito, um afiador em formato triangular polido de granito e um afiador em formato côncavo de arenito. O acervo continha também algumas pontas de flecha, mas acabaram sendo extraviadas.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Sítio lítico e acervo particular do Sr. Walfrido na localidade de Rio Novo em Corupá - SC.


Datação da peças e do local: Desconhecida

Tradição: Itararé

Este acervo particular se encontra com o Sr. Walfrido que mora na localidade de Rio Novo em Corupá - SC. Na sua propriedade que fica na rua secundária desta localidade (lado esquerdo do rio Novo), foram encontrados no cume do morro próximo da serra do Guarajuva algumas pontas de flecha feitas de quartzo, mas o local além de sítio lítico poderia ter sido também um ponto de observação e de acampamento provisório, pois o proprietário diz que no arado era comum também encontrar fragmentos de carvão. Outras peças do acervo foram encontradas na região, sendo que são duas mãos de pilão de granito, um furador de granito, alguns afiadores e machadinhas de pedra de granito e arenito.

Sítio lítico e acervo particular do Sr. Edgar na localidade de Rio Novo em Corupá - SC.


Datação da peças e do local: Desconhecida

Tradição: Itararé

Este acervo particular se encontra com o Sr. Edgar que mora na localidade de Rio Novo em Corupá - SC. Na sua propriedade que fica na rua principal desta localidade, foram encontrados recentemente ao lado de sua casa que possui uma plantação de mandioca algumas pontas de flecha feitas de quartzo e várias lascas de quartzo descartadas para a fabricação destas peças. O mesmo também possui em seu acervo particular outras pontas de flecha que foram encontradas dispersas na região e num poço artesiano construído ao lado de sua casa foi encontrado parte de uma machadinha de pedra de granito (que não foi catalogada), uma mão de pilão de arenito e uma espécie de furador de arenito para o plantio de sementes. Mas o que intriga entre os achados e que o mesmo me mostrou em particular foi ter encontrado justamente neste sítio lítico alguns fragmentos de rocha compostos a base de enxofre, na qual ao acender a minúsculas pedras acabam tendo combustão, ficando com uma coloração azulada e gosmenta após a fundição destes fragmentos. A região de Corupá geologicamente foi uma região vulcânica há milhões de anos atrás, mas se desconhece alguma jazida de enxofre nesta região. De qualquer maneira, os índios já teriam conhecimento deste mineral e suas propriedades de combustão ou outra utilização?

quinta-feira, 14 de março de 2013

Acervo particular do Sr. Aldo em Corupá - SC.


Datação das peças: Desconhecida

Tradição: Itararé

Este acervo particular se encontra com o Sr. Aldo que mora na localidade de Bompland em Corupá - SC. O mesmo encontrou estas peças líticas dentro de sua propriedade que fica na encosta do morro onde se encontra a nascente do ribeirão Bompland. Dentro do acervo, se encontra três amoladores de pedra, parte de um machado de pedra, uma espécie de faca de pedra com dois gumes entre as extremidades e uma mão de pilão (todas os artefatos em sua maioria feitos de granito e arenito). Parte das peças foram encontradas no próprio ribeirão Bompland enquanto que outras peças foram encontradas em diferentes locais dentro de sua propriedade. Também foram encontrados espalhados em seu sítio fragmentos ou cacos de cerâmica, mas que de momento o mesmo não possui guardado em seu acervo e a princípio não se tem indicativos de que o local seria um sítio lítico ou cerâmico. A origem deste acervo parece se tratar da tradição Itararé, contudo, nas propriedades vizinhas que ficam também no Bompland e Osvaldo Amaral, existem comprovações arqueológicas da presença tanto da tradição Itararé quanto Guarani nestas duas localidades. Uma curiosidade do local é que no cume do morro que fica dentro da sua propriedade, existia vestígios de um caminho antigo (trilha) que seria atribuído aos índios que habitavam a região. Alguns pesquisadores atribuem o vestígio como sendo o Caminho do Peabiru no início da serra do mar em Corupá. Porém, atualmente com a criação do pasto no local, os vestígios no cume (valeta seca) praticamente se apagaram em decorrência da exposição ao tempo (erosão). A única coisa que se tem certeza do ponto de vista arqueológico, é que a trilha fazia ligação entre o ribeirão Bompland com outros sítios arqueológicos na localidade vizinha de Osvaldo Amaral (ribeirão Osvaldo Amaral e ribeirão Cobra) também em Corupá. Coincidência ou não, o local onde foram encontradas os artefatos de pedra, coincide na melhor topografia do vale do rio Itapocu com o provável itinerário do caminho do Peabiru no início da subida da serra do mar na cidade de Corupá - SC.

domingo, 10 de março de 2013

Sítio lítico, cerâmico e acervo particular do Sr. Celso na localidade de Bompland em Corupá - SC.


Datação das peças e do local: Desconhecida

Tradições: Inconclusivo (Itararé ou Guarani)

Este acervo particular se encontra com o Sr. Celso que mora na localidade de Bompland em Corupá - SC. Na sua propriedade que fica próximo do ribeirão Bompland (que dá o nome a localidade) foram encontrados em diferentes pontos de seu terreno uma machadinha de pedra de granito fragmentada, uma mão de pilão achatada de granito fragmentada, uma lasca de arenito afiada e vários fragmentos ou cacos de cerâmica pertencentes como sendo da tradição Itararé. Sobre os pedaços de cerâmica, ele comentou que há farta matéria prima de boa qualidade (argila) para a confecção destas peças de cerâmica. Outra propriedade particular que é vizinha desta fica na localidade de Osvaldo Amaral também em Corupá onde foram encontrados pequenos cacos ou fragmentos de cerâmica. Ambos os locais que fazem parte de um mesmo morro tudo indica que por ali seria uma espécie de "olaria dos bugres" (nome batizado por este pesquisador) em decorrência da certa quantidade e facilidade de encontrar cacos ou fragmentos de cerâmica. Coincidência ou não, o local onde foram encontradas estes machados de pedra, a lasca e os cacos ou fragmentos de cerâmica, coincide na melhor topografia do vale do rio Itapocu com o provável itinerário do caminho do Peabiru no início da subida da serra do mar na cidade de Corupá - SC.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Acervo particular do Sr. Aldo em Corupá - SC.


Datação da peça: Desconhecida

Tradição: Guarani

Este pequeno acervo particular se encontra com o Sr. Aldo que mora na localidade de Osvaldo Amaral em Corupá - SC. O mesmo adquiriu esta mão de pilão polida através de seu falecido tio que doou a mesma pra um de seus filhos como herança familiar. O mesmo conta que muitos anos atrás na propriedade de sua família que fica logo após a igreja (capela Nossa Senhora de Fátima) na entrada da tifa do ribeirão Cobra, seu falecido tio encontrou há muitos anos atrás esta mão de pilão enterrada quase que por completo num pasto que tem até hoje alguns pés de tangerina que fica no barranco do lado esquerdo do ribeirão Cobra (que deságua no rio Humboldt cerca de 100 metros no lado direito) e que a peça só aparecia um pedaço dela por cima da terra. Curioso, o mesmo começou a desenterrar a peça até perceber que se tratava de um artefato indígena. Esta mão de pilão apesar de existir outras peças semelhantes em outros acervos particulares da nossa região (São Bento do Sul e Corupá, por exemplo), é considerada uma das maiores encontradas e catalogadas no vale do rio Itapocu, pois possui aproximadamente 50 centímetros de comprimento por 06 centímetros de diâmetro numa de suas extremidades. Particularmente, a matéria prima desta peça que é um tipo de pedra não encontrada na região do vale do rio Itapocu. A única coisa que se tem confirmação é que a mesma é atribuída a tradição guarani. Teoricamente, esta peça teria sido trazido pelos guaranis de alguma região do interior do Paraná alguns séculos atrás de onde a matéria prima é originária. Por ter sido encontrado apenas somente uma peça, fica difícil afirmar se o local teria sido um sítio de acampamento provisório ou mesmo se trata apenas de uma peça aleatoriamente extraviada de algum grupo guarani que ocupou determinada época na nossa região, pois só foram encontrados e catalogados, por enquanto, outros artefatos comprovadamente de origem guarani como um cachimbo de argila ou Petynguá num sítio lítico (pontas de flecha) guarani na mesma região do Osvaldo Amaral e um vaso de cerâmica ou pequena urna funerário guarani encontrado na localidade do Bompland e que se encontra em outro acervo particular em Corupá. Coincidência ou não, o local onde foi encontrado esta mão de pilão polida, coincide na melhor topografia do vale do rio Itapocu com o provável itinerário do caminho do Peabiru no início da subida da serra do mar na cidade de Corupá - SC.

Sítio lítico e acervo particular do Sr. Adolar na localidade de Osvaldo Amaral em Corupá - SC.


Datação da peças e do local: Desconhecida

Tradições: Inconclusivo (Itararé ou Guarani)

Este acervo particular se encontra com o Sr. Adolar que possui um sítio na localidade de Osvaldo Amaral em Corupá - SC. Na sua propriedade que fica na beira do ribeirão Osvaldo Amaral, foram encontrados na parte alta do morro onde possuem uma plantação de bananas alguns machados de pedra feitos de granito. Um dos machados de pedra em especial chama a atenção, pois é considerado um dos maiores já foram catalogados no vale do rio Itapocu, medindo aproximadamente 35 centímetros de comprimento e tem um acabamento triangular numa das pontas. Outros machados do acervo em parte, foram fragmentados em decorrência do arado na hora da preparação da terra para o plantio dos pés de banana. Coincidência ou não, o local onde foram encontradas estes machados de pedra, coincide na melhor topografia do vale do rio Itapocu com o provável itinerário do caminho do Peabiru no início da subida da serra do mar na cidade de Corupá - SC.