Blog sobre Arqueologia no vale do rio Itapocu. Criado com a finalidade de estudar e preservar o material arqueológico existente na região que abrange todo o vale do rio Itapocu, incluíndo a catalogação e conservação de acervos particulares e sítios arqueológicos ainda existentes (cerâmico, lítico, abrigo sob rocha, etc...). Todas as peças fotografadas neste blog (não foram usados escalas), são em sua maioria oríundas de descobertas aleatórias e fortuitas de seus detentores. Com este trabalho, se pretende criar em breve um Museu de Arqueologia do Vale do Itapocu pra preservar a história dos primeiros habitantes da nossa região (Homem do Sambaqui, Itararés e Guaranis). A comercialização de qualquer material arqueológico no Brasil caracteriza crime previsto em lei. Esta pesquisa será incluída no documentário e livro: Redescobrindo o Itapocu.

Observações: O idealizador deste blog e sua pesquisa sobre arqueologia não tem vínculos com órgãos públicos reguladores e fiscalizadores (FUNAI, IPHAN), instituições acadêmicas e também não participa de qualquer grupo ativista e político indigenista!

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Visite tambem o blog:
Caminho do Peabiru - Ramal Santa Catarina

Proposta da criação de um Museu de Arqueologia do vale do Itapocu no colegiado de cultura da AMVALI.

Proposta da criação de um Museu de Arqueologia do vale do Itapocu no novo colegiado de cultura da AMVALI (Associação dos Municípios do Vale do Itapocu) no último dia 04 de abril de 2017. Link de acesso a matéria na imagem da foto.

Programa Cidade em Ação (06/07/2016) - TV Cidade de Joinville / SC.

Redescobrindo o Itapocu - Documentário Completo

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Acervo do Museu Municipal de Massaranduba - SC.


Datação da peça: Desconhecida

Tradição: Itararé

O museu municipal de Massaranduba que fica na rua 11 de novembro, número 2783, centro da cidade (ao lado da prefeitura), conta através do seu acervo recém criado um pouco da história dos primeiros colonizadores e imigrantes das etnias alemã, italiana, polonesa, entre outras, através de ferramentas agrícolas, móveis, utensílios e demais objetos que estão na sua maioria em regime de permuta (empréstimo) com o museu. Entre estes objetos mencionados, se encontra a primeira peça lítica ameríndia oficial catalogada dentro do município. Trata de uma única ponta de flecha de quartzo bifacial serrilhado encontrado muitos anos atrás por um falecido agricultor que encontrou a mesma de forma fortuita na sua propriedade que fica na localidade de vila Guarani Mirim. Sua irmã que acabou herdando a ponta de flecha, resolveu fazer a doação em definitivo para o museu municipal de Massaranduba, sendo considerado uma peça muito importante e por enquanto exclusiva para a história da cidade.
Uma curiosidade histórica referente as localidades de Guarani Mirim e Guarani Açu seria a origem do nome que poderia indicar a presença ou ocupação indígena nestas localidades.Porém, tudo indica que com este achado se trate na verdade da ocupação da etnia indígena Macro Jê/Itararé (índios Xoclengue ou botocudos que ocuparam a região do vale do rio Itapocu e imediações antes das primeiras ocupações coloniais na segunda metade do século XIX), pois era comum as pessoas (por desconhecimento antropológico) associar equivocadamente estes índios com os descritos na história catarinense chamados guaranis carijós que habitavam a região litorânea no século XVI. Muitas pessoas ainda nos dias atuais pensam que "índio é tudo igual"!
Nos livros de história sobre a cidade de Massaranduba, são mencionados duas versões a respeito da origem da localidade com o nome “Guarani” (Mirim e Guaçu) que são na verdade dois ribeirões que pertencem a bacia hidrográfica do rio Itapocu. A primeira é a própria presença de índios antes da colonização nestas localidades, sendo este nome associado equivocadamente para os botocudos que ocupavam a região no século XIX e a segunda versão seria que por ali teria sido encontrado nos primeiros anos de colonização entre o final do século XIX e começo do século XX uma moeda cunhada em guarani de origem desconhecida.