Blog sobre Arqueologia no vale do rio Itapocu. Criado com a finalidade de estudar e preservar o material arqueológico existente na região que abrange todo o vale do rio Itapocu, incluíndo a catalogação e conservação de acervos particulares e sítios arqueológicos ainda existentes (cerâmico, lítico, abrigo sob rocha, etc...). Todas as peças fotografadas neste blog (não foram usados escalas), são em sua maioria oríundas de descobertas aleatórias e fortuitas de seus detentores. Com este trabalho, se pretende criar em breve um Museu de Arqueologia do Vale do Itapocu pra preservar a história dos primeiros habitantes da nossa região (Homem do Sambaqui, Itararés e Guaranis). A comercialização de qualquer material arqueológico no Brasil caracteriza crime previsto em lei. Esta pesquisa será incluída no documentário e livro: Redescobrindo o Itapocu.

Observações: O idealizador deste blog e sua pesquisa sobre arqueologia não tem vínculos com órgãos públicos reguladores e fiscalizadores (FUNAI, IPHAN), instituições acadêmicas e também não participa de qualquer grupo ativista e político indigenista!

Legislação sobre arqueologia no Brasil clique aqui.

Visite tambem o blog:
Caminho do Peabiru - Ramal Santa Catarina

Proposta da criação de um Museu de Arqueologia do vale do Itapocu no colegiado de cultura da AMVALI.

Proposta da criação de um Museu de Arqueologia do vale do Itapocu no novo colegiado de cultura da AMVALI (Associação dos Municípios do Vale do Itapocu) no último dia 04 de abril de 2017. Link de acesso a matéria na imagem da foto.

Programa Cidade em Ação (06/07/2016) - TV Cidade de Joinville / SC.

Redescobrindo o Itapocu - Documentário Completo

terça-feira, 25 de junho de 2019

Museu Irmão Luiz Godofredo Gartner (Seminário Sagrado Coração de Jesus) em Corupá - SC.


Datação das peças: Desconhecida

Tradições: Homem do Sambaqui, Itararé e Guarani

O museu irmão Luiz Godofredo Gartner (anexo ao Seminário Sagrado Coração de Jesus), fica na rua Padre Gabriel Lux, número 900, bairro Seminário, Corupá. É considerado um dos museus mais antigos do estado de Santa Catarina em atividade. O acervo do museu é acessível ao público (mediante taxa de visitação) aos domingos e feriados e também por agendamento de grupos em dias úteis, tem como exposição principal o acervo de taxidermia (chamado antigamente de museu zoológico), além de objetos e fotos antigas que contam um pouco da história do Seminário Sagrado Coração de Jesus desde o ano da sua fundação no início de 1932. O que pouca gente sabe é que o museu também possui na sua reserva técnica (não acessível ao público), um acervo de peças arqueológicas e também artesanato indígena.

Alguns anos atrás, ainda era possível conhecer no museu uma parte do material arqueológico que estava acessível ao público e na década de 60, parte deste acervo já era conhecido como "Coleção Kurt Braunsburger" (homenagem ao morador de Corupá que doou parte de seu acervo arqueológico ao museu), através da menção da referência bibliográfica abaixo:

"8. - Coleção Kurt Braunsburger, Corupá. Junto a um museu zoológico encontram-se materiais recolhidos no município, principalmente pontas-de-flechas, machado-de-pedra, socadores (mão-de-pilão) de pedra, além de outros objetos." (página 461).

Link da publicação: "As fontes primárias da história: fontes arqueológicas catarinenses", do autor Walter Fernando Piazza. Artigo publicado em 1966 no "Anais do III Simpósio dos Professores Universitários de História – ANPUH (Associação dos Professôres Universitários de História) - Franca / SP, novembro de 1965, páginas 439 a 482.

Falando especificamente sobre o material lítico guardados em duas estantes, se encontram algumas pontas de flecha de quartzo leitoso com pedúnculos em formato de "rabo de peixe" "e também em formato de "V", pontas de lança, machados de pedra (alguns delas com entalhes duplos nas extremidades e também sulcos), dois virotes inacabados, mãos de pilão (retangulares e redondos), boleadeiras lisas (todas com sulcos), raspadores, dois zoólitos, entre outras peças líticas. Infelizmente, todas as peças arqueológicas acima mencionadas não possuem registro de origem (apenas numeração do acervo), ou seja, se sabe apenas que estas peças foram encontradas (a maior parte) no município de Corupá e municípios vizinhos do vale do rio Itapocu, além de outras localidades de Santa Catarina e outros estados.