Blog sobre Arqueologia no vale do rio Itapocu. Criado com a finalidade de estudar e preservar o material arqueológico existente na região que abrange todo o vale do rio Itapocu, incluíndo a catalogação e conservação de acervos particulares e sítios arqueológicos ainda existentes (cerâmico, lítico, abrigo sob rocha, etc...). Todas as peças fotografadas neste blog (não foram usados escalas), são em sua maioria oríundas de descobertas aleatórias e fortuitas de seus detentores. Com este trabalho, se pretende criar em breve um Museu de Arqueologia do Vale do Itapocu pra preservar a história dos primeiros habitantes da nossa região (Homem do Sambaqui, Itararés e Guaranis). A comercialização de qualquer material arqueológico no Brasil caracteriza crime previsto em lei. Esta pesquisa será incluída no documentário e livro: Redescobrindo o Itapocu.

Observações: O idealizador deste blog e sua pesquisa sobre arqueologia não tem vínculos com órgãos públicos reguladores e fiscalizadores (FUNAI, IPHAN), instituições acadêmicas e também não participa de qualquer grupo ativista e político indigenista!

Legislação sobre arqueologia no Brasil clique aqui.

Visite tambem o blog:
Caminho do Peabiru - Ramal Santa Catarina

Proposta da criação de um Museu de Arqueologia do vale do Itapocu no colegiado de cultura da AMVALI.

Proposta da criação de um Museu de Arqueologia do vale do Itapocu no novo colegiado de cultura da AMVALI (Associação dos Municípios do Vale do Itapocu) no último dia 04 de abril de 2017. Link de acesso a matéria na imagem da foto.

Programa Cidade em Ação (06/07/2016) - TV Cidade de Joinville / SC.

Redescobrindo o Itapocu - Documentário Completo

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Esclarecimento histórico sobre arqueologia no vale do rio Itapocu.


Cada vez mais que minha pesquisa fica aprofundada e investigativa, infelizmente acabo descobrindo relatos sobre extravio de material arqueológico na região do vale do rio Itapocu, levados por terceiros para os estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e outras regiões do Brasil e também no estado de Santa Catarina como Blumenau e Joinville, por exemplo. A grande maioria destes antigos detentores desconhecia a legislação vigente sobre arqueologia no Brasil. Porém, este extravio não acontece infelizmente nos tempos atuais e sim há registros deste extravio há muitos anos atrás, pois antes do Decreto Lei Nº 25, de 30 de novembro de 1937 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del0025.htm) e Lei Nº 3.924, de 26 de julho de 1961 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-1969/L3924.htm), não existia nenhuma legislação brasileira específica sobre o assunto que considerasse o extravio de qualquer material arqueológico ilegal (principalmente pra fora do Brasil). Fato histórico comprovadamente registrado na página 108 do livro "Indian Notes - Volume 7 - Nº 1/Janeiro de 1930" (disponível gratuitamente pra download no site: http://archive.org/details/indiannotes711930muse), onde são mencionados no total 45 peças inteiras e fragmentadas de material arqueológico de diversos tipos (mãos de pilão, machados, amoladores de pedra, entre outras peças) encontrados dentro da região do vale do rio Itapocu e litoral sul do estado de Santa Catarina e que foram levados para os Estados Unidos, onde se presume (se este material não foi usado como moeda de troca por lá) que ainda se encontram guardados no "National Museum of the American Indian" (Museu Nacional do Índio Americano) de Nova York (www.nmai.si.edu) ou (www.americanindian.si.edu). Infelizmente estes artefatos que foram encontrados dentro do vale do rio Itapocu na década de 20 não estão catalogados online no Museu Nacional do Índio Americano (para um futuro e possível repatriamento de parte ou total das 45 peças). Porém, outras peças encontradas no estado de Santa Catarina se encontram catalogadas online no link abaixo:

http://americanindian.si.edu/searchcollections/results.aspx?catids=0&place=Brazil%3b+Santa+Catarina

Maiores informações a respeito serão esclarecidas no meu livro que será lançado em breve!

A seguir, a tradução de alguns parágrafos com informações adicionais entre parênteses da página 108 deste livro onde se tem o total de 45 peças extraviadas no vale do rio Itapocu para os Estados Unidos:

Grande ponta de lança de (pedra) ferro; ranhuras na pedra; machado. Rio Novo (Corupá), Estado de Santa Catarina, Brasil. (três peças);

Pilão; bola de pedra; dezesseis machados; pilão, dois fragmentos de pilão, prato de pedra feito de concreção (solidificação e, ou polimento) natural. Rio Vermelho (São Bento do Sul), Estado de Santa Catharina, Brasil. (vinte e duas peças);

Pilão, seis machados. Rio Itapocu (em algum ponto do rio Itapocu entre Corupá e Jaraguá do Sul), Estado de Santa Catarina, Brasil. (sete peças);

Pilão. Vale Pomplan (Bompland, Corupá), Estado de Santa Catarina, Brasil. (uma peça);

Quatro machados. Ribeirão Grande (Ribeirão Grande do Norte, pertencia na época a Hansa Humboldt como se chamava anteriormente Corupá e atualmente a localidade pertence a cidade de Jaraguá do Sul), Estado de Santa Catarina, Brasil. (quatro peças);

Quatro machados. Vale Annobom (Ano Bom, São Bento do Sul), Estado de Santa Catarina, Brasil. (quatro peças);

Dois machados. Rio Paulo (Corupá), Estado de Santa Catarina, Brasil. (duas peças);

Pilão. Rio Pedra de Amobar (Pedra de Amolar, Corupá), Estado de Santa Catarina, Brasil. (uma peça);

Pedra Lascada. Montanha da Serra (provavelmente se trata de Serra Alta em São Bento do Sul), Estado de Santa Catarina, Brasil. (uma peça).